RASTROS

Minh’ alma se expande ao pensamento

Como um círculo vicioso de virtudes

E fria lógica fora do contentamento

Ou sombra a vibrar no corpo rude

Desapegar do instinto em que se mude

Os conceitos por certos convencimentos

Molhar o rosto com lágrimas de açude

Fruir a dor de cruéis padecimentos

Minh’ alma contradiz qualquer verdade

E no crime encontra o álibi preciso

Compensando com desdéns o infinito

Sob o sol os rastros buscam a felicidade

Um caminho que os conduza ao paraíso

Num percurso entre o dito e não dito

João Barros
Enviado por João Barros em 03/08/2018
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