Morro das Cruzes

Em cada uma, sonhos estilhaçados,

Entre rostos perdidos das luzes...

Das obras dos condenados,

Enterrados no Morro das Cruzes...

Lá, onde todo dia sopra o vento,

Cantando a melodia do medo...

Assegurado por um novo advento,

Escrita pela maestria de um aedo...

Que nasceu filho do escuro,

E equilibrado sobre o muro,

Ele um dia morreu...

E as lembranças do que fora seu,

Levadas ao confim do inferno,

Transformando-o em um ser eterno...

Marco Ramos
Enviado por Marco Ramos em 06/09/2007
Código do texto: T641057