Soneto XXIII - Quando o Amor me mostra, docemente,

Quando o Amor me mostra, docemente,

a linda face tua em pensamento

parece que o terceiro firmamento

se abre em glória pura e incandescente

e c'uma espada envolta em fogo ardente

descendo o sacro Amor em mim atento

o coração me abre e em um momento

liberta a alma presa eternamente.

Voando, então, quão ele deseja

em suas asas de ouro celestiais

chorando deixa a ver-te os olhos sáfaros

Pois faz o Amor em mim com que de inveja

eu a todos mata, em terra os mortais

e por sobre o Céu, anjos e pássaros.

Marco Fabricio
Enviado por Marco Fabricio em 06/08/2018
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