NATUREZA VIVA

O chão moleque sorrir,

Quando ela passa faceira,

E até o olhar aligeira

Entre o que é dado proibir.

A saia leve no ir

E vir do andar é roseira

Que a primavera inteira

Se acanha por não florir.

Nada sutil e travesso,

Ao vir a moça do avesso,

Cede o chão à insensatez

De um mortal: se encanta

E a transforma em planta,

Abre-se, aterra seus pés.

Erigutemberg Meneses
Enviado por Erigutemberg Meneses em 17/08/2018
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