A Rosa e a chuva

Na pétala quente nascida em agruras,

Ao sol escaldante da seca voraz,

Pedia clemência pra sua secura,

Pois nem o orvalho seria eficaz.

A nuvem passava e esquecia da rosa,

Tremendo de sede tombava no chão,

E a chuva do amor deixou de ser chorosa,

Formando um deserto no seu coração.

A mãe natureza escutou seu pedido,

Chorou sobre a flor de destino bandido,

Gravando à moldura um fluído frescor.

E assim quando a chuva caiu sobre ela,

Surgiu com fulgor a paisagem mais bela,

A rosa e a chuva em fascínio de amor.

Elair Cabral
Enviado por Elair Cabral em 21/08/2018
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