Soneto da amizade não correspondida

Concreta solidão crepita sem ação,

Nas infames distâncias das amizades,

No tempo, nas marcas da realidade,

Nas lágrimas, nos ecos e no coração.

Forte sentimento de afogamento,

Grita, desiste, revive para sonhar.

Ora para aniquilar com o silêncio,

Ora para emudecer o ser, não cantar.

Da parte de lá, migalhas de sorrisos,

Desprendem-se pelos acasos promovidos,

No tribunal dessa vida sentimental...

Essa rugosidade que me atinge,

Desbota o meu tempo... Areias a passar...

E enterrado nelas, fico a te esperar...

Rascunho de Poeta
Enviado por Rascunho de Poeta em 08/09/2007
Código do texto: T643569
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