Soneto da amizade não correspondida
Concreta solidão crepita sem ação,
Nas infames distâncias das amizades,
No tempo, nas marcas da realidade,
Nas lágrimas, nos ecos e no coração.
Forte sentimento de afogamento,
Grita, desiste, revive para sonhar.
Ora para aniquilar com o silêncio,
Ora para emudecer o ser, não cantar.
Da parte de lá, migalhas de sorrisos,
Desprendem-se pelos acasos promovidos,
No tribunal dessa vida sentimental...
Essa rugosidade que me atinge,
Desbota o meu tempo... Areias a passar...
E enterrado nelas, fico a te esperar...