“Sinal Amarelo”

São graduais e deveras sutis as (in)diferenças

Que nos levam frequentemente a agir por automatismo

Resultando em silêncios ou conversas densas

Terra fértil para essa nefasta atmosfera de ceticismo

E seguindo (in)conscientemente, cada um na sua

Imperceptíveis ao estado pré-falimentar que se avizinha

Em que romance e sexo muito pouco se insinua

Como crianças que dizem namorar, mas só de mentirinha

As deliciosas conversas de outrora são hoje escassas, quase nada

Habituamo-nos a permanecer distantes, ensimesmados e calados

Como reféns de uma relação solitária, enfadonha e desfigurada

E a nítida percepção de que estamos juntos, mas desacompanhados