Soneto XXV - Depois de tantas noites mal dormidas

Depois de tantas noites mal dormidas

Depois de tantos dias só pensando

Naquele olhar sagrado e lindo e brando

Que as estrelas tem em si já escondidas

Dez mil eternidades concedidas

Juro, não bastariam pra ir cantando

Por onde e como e quanto e quando

Roubou-me o Amor, pra sempre tantas vidas,

Oh desejo sublime e celestial

Que com fúria louca e calma manifesta

Me enches de tão duro desarranjo!

Oh Amor, tu já me deste por meu mal

Mil penas mas nenhuma como esta:

Que um homem se apaixone por um anjo!

Marco Fabricio
Enviado por Marco Fabricio em 12/09/2018
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