Quem és?
A um tempo venho observando
As mil faces de um único ser
Na memória venho conservando
Uma partícula do querer
Mergulho neste infinito oculto
Que me impregna desconfiança
Singeleza vista do vale obscuro
Que revela uma certa pujança
Tenho que desenvolver uma busca
Para no profundo encontrar o que és
Já que o externo deixa vago, simula
E desta, por incrível que pareça ser
Não jogou-me contra o espelho
Nem ainda levou-me ao padecer