Soneto XXVII - Tão suave não é nem tão formosa

Tão suave não é nem tão formosa

a Aurora na idade sua amada,

em luz envolta toda e marchetada,

do céu saindo pura e graciosa.

Nem tão amena ri, tão deleitosa,

a alegre Primavera delicada

de mil diversas cores esmaltada

em seu regaço fresca e amorosa.

Nem há que mostra possa a Natureza

tão bela e tão gentil à vista humana

pelo vento, terra, mar ou céu aberto.

Como é só pra minha alma esta beleza

maravilhosamente soberana

que sonhar me faz ainda desperto.

Marco Fabricio
Enviado por Marco Fabricio em 16/09/2018
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