Soneto XXVIII - A alma tenho já tão consumida

A alma tenho já tão consumida

Por dar à minha amada o pensamento

Que basta que me tome um só momento

Pra que eu perca o juízo e quase a vida

Amor sabe que ela é guarida

De toda a minha paz e meu tormento

E do canto suave e do lamento

que entoo já com a voz enrouquecida.

Quando a vejo, começa-me um tremor

O rosto sutilmente empalidece

E a vida quase parte de seu véu

A alma saindo quase aparece

E se agarra junto às asas do Amor

Que a leva eternamente para o céu.

Marco Fabricio
Enviado por Marco Fabricio em 16/09/2018
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