Habita nesta casa a saudade

Habita nesta casa a saudade

Entre poeira e fotos desfocadas

Sou assombrado por eras passadas

Como um fantasma da efemeridade

Eu vago solitário nesta estrada

Sobre o martírio da longevidade

A fortuna prolonga-me a infelicidade

E a minha alma almeja ser cortada

Relembrando dias que já fui feliz

Maquiando a minha agonia com verniz

Vivendo em prol de mórbida nostalgia

Tão reservado aquilo que esta morto

E sigo em um eterno desconforto

E resistindo indignas alegrias

Thiago Araujo
Enviado por Thiago Araujo em 29/09/2018
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