INSANIDADE (soneto)

Servente ao pensamento dormente

Ora em lampejos de lucidez, ora

Em apagões da balela traidora

Logo, chorais, amarguradamente

Desejais regressar... tarde a hora

Entristeceis... árida é a corrente

Angústia e desejo, é recorrente

Quando a insensatez te devora

Sofreis do aluamento, lembrança

Pois da sua tão pouca sanidade

Fura-te o peito, ferido por lança

Triste engano! agita-se a fatuidade

Te rouba a tua sedenta esperança

E te jogam no porão da falsidade...

© Luciano Spagnol - poeta do cerrado

Outubro de 2018 - Cerrado goiano

Olavobilaquiando

Luciano Spagnol poeta do cerrado
Enviado por Luciano Spagnol poeta do cerrado em 19/10/2018
Reeditado em 30/10/2019
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