CONTRAMÃO (soneto)

Como a maldade egoísta, sombria

Que do homem o bem lhe é tirado

Qual apenas, o ruim, é seu brado

De falseta, e cuja a ação é tirania

Não aguenta nunca a luz do dia

O qual, de amor, não é adornado

O teu peito pra glória é fechado

No cruel interesse: a idolatria!

E hoje, entre tantos, muitos são

De um coração ermo, ressecado

Horrendo, traindo na contramão

Pulsam cobiça, e seus espinhos

Repugnam a honra de outrora

Empedrando de ira os caminhos

© Luciano Spagnol - poeta do cerrado

Outubro de 2018 - Cerrado goiano

Olavobilaquiando

Luciano Spagnol poeta do cerrado
Enviado por Luciano Spagnol poeta do cerrado em 19/10/2018
Reeditado em 30/10/2019
Código do texto: T6480285
Classificação de conteúdo: seguro