REGRESSO (soneto)

Irei! Que importe o engano? Desate deste nó

Sobre o dúbio está o ousado ensaio. Então!

Arda em chamas o medo, evole deste chão

Os teus segredos, uive as feras, sem ter dó

Vamos! Ignoto, um botão entreaberto, e só!

Regue este deserto com outra tua emoção

Leve tudo: felicidade, amor; infortúnio não!

Pois, o que for perdido, no tempo, vira pó...

Depois que o pecado ao mudo é revelado

Nada importa, todo regresso tem direção

Ah! E tu, má sorte, aí, fique do outro lado!

E se, a vida com seu crime não for ilusão

Redimido e sublime, não fique ultrajado

Errar, é falta, e não a perene contrição!

© Luciano Spagnol - poeta do cerrado

Outubro de 2018 - Cerrado goiano

Luciano Spagnol poeta do cerrado
Enviado por Luciano Spagnol poeta do cerrado em 21/10/2018
Reeditado em 30/10/2019
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