Encontro com a solidão
As vezes eu na solidão ríspida de um jardim
Procurando no verde e entre o céu nublado
A razão dos porquês que brotam dentro de mim
Sei o que sou, sei como estou… Amedrontado
Ouço vindo de fora murmúrios e gemidos
Dos homens que questionam essa escolha
Querem trazer-me de volta com os seus risos
Incapazes, é que digo, diante de tamanha força
Alimentam-se pássaros ao meu redor e cantam
Voam quando querem e dominam o espaço
Natureza que preenche o externo vácuo
Neste instante o fixo sustento que cerca-me
Não passa de um banco de réguas marrom
Solidão interna que refuta mas não emite som