Encontro com a solidão

As vezes eu na solidão ríspida de um jardim

Procurando no verde e entre o céu nublado

A razão dos porquês que brotam dentro de mim

Sei o que sou, sei como estou… Amedrontado

Ouço vindo de fora murmúrios e gemidos

Dos homens que questionam essa escolha

Querem trazer-me de volta com os seus risos

Incapazes, é que digo, diante de tamanha força

Alimentam-se pássaros ao meu redor e cantam

Voam quando querem e dominam o espaço

Natureza que preenche o externo vácuo

Neste instante o fixo sustento que cerca-me

Não passa de um banco de réguas marrom

Solidão interna que refuta mas não emite som

Pedro Alaercio
Enviado por Pedro Alaercio em 31/10/2018
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