Soneto para Édina

Vivacidade no coração satânico

Pranto nos belos olhos tidos pretos

Incêndio na alma dos seus defeitos

Rio de sangue no Caronte titânico.

Tem piedade de este sofrer tirânico

Num rosto as lágrimas dos seletos

No fogo dos versos espelhos retos

Quando nas chamas deste dinâmico.

És chama quando declamas ao silvestre

És neve, e como ardes no fio do mestre

Que te deu Amor sem nada em troca.

Pois na têmpera da vil tirania secular

Na gélida ardente palavra a espalhar

A flama fria do amor imortal que toca.

DR FLYNN

Dr Flynn
Enviado por Dr Flynn em 12/09/2007
Reeditado em 15/09/2007
Código do texto: T649855