Ventania

Que me passem as horas

Nessa agonia desmedida

Quando me lembro das esporas

Nunca fui iludida

Estou como sujo de mesa

Largada inteira no canto

E tenho a primeira ruga tesa

Surgida de todo meu pranto

De broto de vida, canta o galo

De rusga de vento bailei-me e fim

Rasgado papel se fez um gargalo

Naquele instante um céu

Se abriu em mim

Pra expor o que encobria o véu

Gisely Poetry
Enviado por Gisely Poetry em 10/11/2018
Código do texto: T6499037
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