Soneto de inocência

Falo da nossa infância

Anos oitenta e noventa

Pois cada coisa a gente inventa

Quando se é uma criança

Raspar a panela de bolo da vovó

Voltar da escola na chuva

Ficar até tarde na rua

Chamar um cachorrinho de totó

Carrinho de lata, boneca de espiga de milho

Pedir dinheiro pra comprar bala

Adormecer no sofá da sala

Comer bolinho feito de água, sal e trigo

Ter medo do saci pererê

Querer ser Peter Pan e nunca crescer...

Ronaldo Alves
Enviado por Ronaldo Alves em 14/11/2018
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