AINDA TEIMA...
Nesses campos solitários onde grita
Meu desespero assim tão forte soberano
Sumiram passos daquele bailar humano
Nem vibra o riso que o trágico doer dita.
Nos sonhos de amor que se perdem hoje assim
Brilhou antes a luz de doce ilusão, engano.
Eu rezo, mas nem Deus mais me responde, enfim.
Agora o escuro, a dor tristeza e, desengano...
Ai de minh’alma que fica presa a esse corpo
Só queria sarar, partir, se libertar
Será que para essa doença há um anticorpo?
Por que fui me perder, querer e, me encantar
Agora não sou nada, nada, só um subcorpo
Que desenganado ainda teima em te amar.