Um quase soneto proletário
minha luta... ô invisível luta essa minha
desde que sei contar todos meus dedos
é luta de sobrevivência desde que tinha
idade de nem saber o que são segredos
que ora são espadas ora estão escudos
e assim protegem o acúmulo de medos
ô luta que invisível é para todo o mundo
mas que todo o mundo já sabe o enredo
me diz o quanto já perdi do meu racional
nessa lida de formiga que sempre é igual
essa rotina funesta sem vacina ou pausa
coisa que nos faz bons servis e escravos
tudo pelo cada vez mais novos centavos
ter pelo ter e o obter para o ser ter causa
Um quase soneto proletário
25-10-2018
21h17min
(Murillo diMattos)