Um quase soneto proletário

minha luta... ô invisível luta essa minha

desde que sei contar todos meus dedos

é luta de sobrevivência desde que tinha

idade de nem saber o que são segredos

que ora são espadas ora estão escudos

e assim protegem o acúmulo de medos

ô luta que invisível é para todo o mundo

mas que todo o mundo já sabe o enredo

me diz o quanto já perdi do meu racional

nessa lida de formiga que sempre é igual

essa rotina funesta sem vacina ou pausa

coisa que nos faz bons servis e escravos

tudo pelo cada vez mais novos centavos

ter pelo ter e o obter para o ser ter causa

Um quase soneto proletário

25-10-2018

21h17min

(Murillo diMattos)

Murillo diMattos
Enviado por Murillo diMattos em 16/11/2018
Código do texto: T6504369
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2018. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.