Quando lerdes este meu soneto

Quando lerdes este meu soneto

Com olhar sereno e despretensioso

Não podes ver meu mundo horroroso

E assim segue pisando em esqueletos

Instigado por um senso curioso

Indo por caminhos cada vez mais pretos

E segue alheio aos meus desafetos

Tal amante do que é tenebroso

E de meus infortúnios e despedidas

...dos traumas negros de minha vida

E do quanto me falta vontade de viver

Vê neste soneto as marcas do abismo

Admirando a sombra do superficialismo

Alheio ao mal que me fez estes versos escrever

Thiago Araujo
Enviado por Thiago Araujo em 18/11/2018
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