SONETO QUE INSPIRA

Essa febre a me abater, incuriosa e lesa

Faz o pouco acastanhado rumor, ler o ás

Na ferina vez dum mote o qual se preza

Ao rebroto calmo, o papel de lastro assaz.

Lânguido ar que não faz curar a candidíase

- pelo escândalo morto em tonéis de queda -

Um canto entoado e feraz em reles teníase

Na quina da boca, o ósculo cioso e a meda.

Fá-lo-á estancar com o orgulho desabrido

Suas cinzas a cobrir os jardins delicados

- o zomol correrá, mas será perseguido -

Suas ramas silvando aos anéis do pecado.

Sempre presa à alma, amiga abelha melífera

Com encanto e negro batom à ode frutífera.

Cesar Poletto
Enviado por Cesar Poletto em 13/09/2007
Reeditado em 06/05/2008
Código do texto: T650726
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