Olhos de Pantera
Vejo nos olhos o colosso desejado
Sob uma era de lívidos mouriscos
Nos terremotos infames e ariscos
Tragando o arcano do Diabo cercado.
Quatro meretrizes e um rufião calado
Figuras tristes de decrépitos rabiscos
Cártula do disfarce dos letais chuviscos
Um dilema num derivar marchetado.
Quero ser seu amante nos episódios
Megera com voz de fada e seus serôdios
Bramindo urros naquele anacronismo.
Aquela pantera eivada em um algarismo
Nos sulfúreos ódios deste mecanismo
Nas trevas tépidas sem seus relógios.
DR SMITHY