TUDO DEMAIS É...
Era uma tarde de sol e céu azul
As nuvens pareciam envergonhadas
Ele vomitou sobre ela palavras torpes
Sem mais se importar com nada.
 
Onde está aquele grande amor?
Que da noite para o dia desapareceu
Quantas palavras (mal)ditas
Rasgando a alma, agora dói seu eu.
 
No peito agora um grande deserto
Vazio amargo, vista escurecendo
Abismo profundo se oferecendo.
 
Qual a lógica de se amar demais?
Quando tudo se torna tão pequeno
Tudo que é demais torna-se veneno.
JOEL MARINHO