Mais um adeus...

“A asa que voa é mais feliz que nós, que, em lágrimas, amamos...” – Maranhão Sobrinho.

... Enfim, quando eu passar pelo portão

Levando a minha mala, e os livros meus,

Terás eternamente o meu adeus

Como uma estátua velha no porão.

Tenho de ti e tens o meu perdão...

Deixo contigo “amores" que eram meus;

Última flor que rego aos olhos teus,

Cuja raiz me rasga o coração.

Em meus caminhos – hoje já sem glória -,

Serás lembrada como a velha história

De quem viveu, amou, sorriu, sofreu...

Do meu sonhar, enquanto nós velhinhos,

Nos libertássemos, quais passarinhos...

Crestou-me as asas; não sobreviveu.

São Paulo, 28 de Novembro 2018