DORES E ENCANTOS DO POETA - (para ciranda CAPPAZ)

 

O bardo chora a dor imaginada,

E espraia sobre os versos com agror,

Tomando para si o desamor,

De cada linha expressa, tracejada.

 

Mas se é real, a história versejada,

Disfarça o seu sofrer (um fingidor),

Declara não ser sua a própria dor;

Insiste e jura a todos não ser nada.

 

Noutro momento, a brisa sopra mansa,

E o vate se debruça sobre os versos,

Declara o seu amor, o enlevo alcança,

 

E em rubras pétalas far-se-á o encanto,

A se estender por belos universos, 

No enlace afetuoso sacrossanto!

Aila Brito
Enviado por Aila Brito em 12/12/2018
Reeditado em 17/10/2023
Código do texto: T6525208
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