Oh! Dor que vens na atra solidão
Oh! Dor que vens na atra solidão,
assim, como à sombra e o ar...
Que me segues, na estrada, na escuridão
da noite, sem estrelas, e sem luar.
Vem, silenciosa e com calma,
como à névoa caindo e o sereno...
Nos vales e prados, na alma,
tu cais, e por dentro, espalhas o teu veneno.
Faz frio, mas tu não partes, e eu só,
pensando enquanto tudo não vira pó...
- Na lágrima última que escorre...
No suspiro derradeiro,
que se finda, como à luz de um candeeiro,
quando o homem um dia morre.