Diz que sou trivialidade

Diz que sou trivialidade passageira,

Monotonia, mera gota de orvalho.

Dispensável, carta fora do baralho,

Vazia estante, abastada de poeira.

Tudo previsível, realidade costumeira,

Pífia, poluta, uma colcha de retalho,

Péssima escolha, feito o pior atalho,

Fortuna que desvanece da algibeira.

Uma importuna e irritante anáfora,

"Poeta" que desconhece metáfora,

Envoltório sem qualquer conteúdo.

Sorriso que sempre se degenera,

O covil que resguarda a besta-fera,

O abismo de um sofrimento mudo.

T S Sevla
Enviado por T S Sevla em 16/12/2018
Reeditado em 27/03/2019
Código do texto: T6528442
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