A rua me adotou

A Rua me Adotou

Matheus Braz

Aluno do EREMBEBERIBE 2º ano B

Eu moro nessa cidade do Recife

Com os prédio tudo alto

Eu olhando de cima pra baixo

Ne que se balança os danado

De dia é um calor arretado

Dorme eu e os dois amigo no chão

O nome de um é cachorro

E do oto papelão

Tinha mas um amigo

Mai tava chovendo no dia

Pense o frio que seria

Se eu não fizesse o fogo naquele dia

Então só ficou nós três

Eu cachorro e papelão

Que de dia fica no Sol

E a noite no frio arretado mermão

Lençol era meu amigo

Mas tive que queimar

Nunca vi a neve

Mas fiquei com medo de congelar

Eu fico por ali jogado

Perto da Guararapes

Quem olha só cospe

Nem fala, essa é a verdade

Meus braços nem se aguentam

De tanto faca estirado

Eu pedindo ajuda

E os oto olha, ver, e me deixa jogado

Eu fedo a rua

Um banho não sei tomar

A catinga é forte

Mas já me acostumei, não tem porque reclamar

Já fui no marco zero

Tomar um banho e ficar cheiroso

Mas sai de lá pior

Porque o rio fede a esgoto

O lixo é meu restaurante

É ali que o almoço estar

Não tomo café e nem janto

Meu pai, como eu queria um jantar

Antes eu ia nos busão

Pedi comida ou dinheiro

Mas a galera me olhava

Só dizia: é mais um malokero

Quando eu tinha 10 anos

Minha mãe me abandonou

Ninguém da família queria

Então a rua me adotou.

Eu já pensei em roubar

Já pensei em me matar

Mas eu prefiro pedir

Pra tentar me alimentar

Eu não peço muito

Sei que é um desgosto

Mas eu só queria

Os cinco centavos que taí no teu bolso

Então quando eu estendo o braço

Preste bem atenção

Por favor só uma moeda

Pra alimentar o irmão.

Autor: Matheus Braz

Aluno EREM BEBERIBE

No evento literário Chá de Letras

26,27,28 e 29 de novembro de 2018.

Criado e comandado pelos professores

Carlos José da Silva

Marinalva Silva

Cleide Jane

Matheus Braz
Enviado por zelia prímola em 20/12/2018
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