CIRANDAS

Atiro-me nas tuas volúpias sem temores,

quando você me balança na corda bamba

esperando eu cair na tua rede de amores,

a queda é um convite para dançar cirandas.

Provo dos teus êxtases, aromas e sabores

sempre que a tua nudez não pede manda,

vamos se esquecendo dos nossos pudores

nas tardes de verão, na sombra da varanda.

Com chuva mansa fazemos outras pirraças,

finjo que não vou, você vem e me arrasta

com o vestido transparente todo molhado.

A noite se enfeita no bailar dos pirilampos,

como eles eu me acendo com teus encantos,

cantamos para eles nossos cios sussurrados.