Entre brumas.

Indivíduo singular em existência plural,

O espírito encarnado, aqui, ali, adiante e mais além,

Faz-se épico viajante em jornada triunfante (amém).

Todo fim é um recomeço no ciclo vital:

Na espiral cíclica de sucessivas existências

Vive e revive, sobrevivendo, sobremaneira,

À mortalidade fugaz, numa sequência ordeira.

Reencarnando para progredir e sanar pendências,

Espírito desencarnado algures segue errante,

Confrontando-se sem o escudo da carne ocultante,

Face à própria treva da soberba ou luz da decência.

Revive, entre brumas de nublada recordação,

Memória imortal brumada de esquecimento são,

Usufruindo a alma em novo corpo com outra aparência.

Le Oliva
Enviado por Le Oliva em 28/12/2018
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