Às Melodias De Outrora
Obscura, vida, obscura,
como um céu sem brilho...
Um céu que vela a criatura,
que vai a andares em seu trilho.
Flores negras de um mistério,
eternal nascem em ti...
Oh! Ser que olhas o sidério
infinito, vendo o astro a partir.
Dilui as dores do teu peito, e entoa,
tua harpa que ecoa,
as melodias de outrora...
E vai, por uma estrada, onde já foste,
outra vez ver triste à noite,
e alegre despertares à aurora.