O amor se vai

No ar Violinos tocam delicados
finos acordes preenchem a solidão
estendida em cada fibra do meu eu
que sofre e desmancha-se em saudades.

Sons estremecem o peito apertado,
pranteio, a dor dilacera meus vãos
és sombra tatuada que adormeceu
revive e dança com suavidade.

Fugaz, inútil, eram delírios vagos
a música parou, despertei no chão
entristeço, há cheiro de morte nas mãos.

É o fim, o nada, que está gravado
num pedaço de minha alma confinado
inerte, sem cor, ao sabor da canção.

 
Soninha Porto Flor
Enviado por Soninha Porto Flor em 16/09/2007
Reeditado em 12/05/2020
Código do texto: T655265
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2007. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.