ALMA DE POETA

Em minha alma acolho um cachorrinho

A quem dou muito pouca atenção

E que já não aguenta a solidão

De se achar em mim sempre sozinho.

Convenceu-me latindo bem baixinho

De que o ofertasse em doação

Para que em novo pacto de união

Pudesse receber algum carinho.

Ele é aquele tipo de animal

Que ao leve toque faz-se especial,

E abana a cauda como um pateta.

Não gosta muito do uso de coleira,

É obediente, atende, corre e cheira,

Ouvindo o nome Alma de Poeta.