BRICANDO DE ‘’DONA DE CASA’’
(ao soneto PANELA DE BARRO,
de FCunha Lima)

 
 
 
O Rio Jerimum, nosso parceiro,
Nos dava de presente o seu produto.
Pertinho do seu leito o barro bruto,
Barro de louça puro, verdadeiro.
 
Zezito faz com paus de marmeleiro
O “fogo à lenha’’. Logo, logo escuto
O som do barro, agora já enxuto
E transformado em pequeno papeiro.
 
É hora de fazer o cozinhado!
Eva e Dalvinha têm tudo preparado:
Cada fruto silvestre é um feijão,
 
O melão-caetano, carregado,
Já fornece o ‘’franguinho’’ preparado.
A saudade me aperta o coração.
 

 
 
 
Rosa Regis

Natal/RN – 02/02/2019 – 01h:48min
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CHAMANDO CHUVA


Sem chuva como vai nosso nordeste,
No barro seco como mais nenhum.
As margens do riacho Jerimum,
Aqui, perto da praia no agreste.

Seca, a palmatória e o cipreste,
Morre na rama também o jerimum,
Nem posso me lembrar de jeito algum,
Como era verde de norte para o leste.

Toda lama do rio agora seca,
Por entre as pedras grita a perereca,
Chamando a chuva fria do inverno,

Também o sapo grum faz cantoria,
Grum, grum, grum de noite a dia,
Para tirar agente deste inferno.





Fernando cunha lima 0202-19.
Para aplaudir Rosa e seu recanto no SitioJerimum.