O Pássaro
Almejas o peito merencório e romântico,
ouvir de ti, ó pássaro, tão calmo...
Entoares solitário o teu cântico,
alegre que conforta como um salmo.
Lembra à mão que a face toca, e o banjo
pela noite, rasga o céu e a fria bruma...
Pelos ares as carícias de um anjo,
ao caírem alma tocam como pluma.
Certa tarde eu te vi no arvoredo,
como à rosa que murchaste num rochedo,
triste estava não querias mais cantar...
Entre as folhas dos pinheiros e dos àlamos,
tu'alma a voar p'ra os páramos,
já ia, revelava-me, sereno o teu olhar.