O martelo do destro
O destro segurou o seu martelo
E acertou em cheio a poesia
Julgando com seu crivo o que era belo
Crucificou o que não satisfazia
Levando um pouco mais para a direita
Tentou interditar um simples verso
Plantou sobre a estrofe uma suspeita
Parece que o jogral é controverso
Declaro a liberdade a quem escreve
Por entre pensamentos, submerso
Silenciar a voz jamais iremos
Palavra no papel é um problema
Melhor não censurar, senão veremos
Com quantos versos se faz um poema