Senescência

Ao teu olhar sou só decrepitude

Um velho tolo a dizer besteiras

Com quem não falas mais tão amiúde

Que só recebe atenções ligeiras

No esplendor de minha juventude

Era tratado com outras maneiras

Não compreendo tua atitude

Às vezes penso que são brincadeiras

As tardes passam sem nenhuma urgência

Fico sozinho com meus pensamentos

E à quietude sobrevém o sono

Faço dos sonhos viva consciência

Eu não mereço como tratamento

A triste sina desse abandono

Sérgio Serra
Enviado por Sérgio Serra em 18/09/2007
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