SANTO ANTÃO
Neste céu de raios alumiados
Elevando a delirante luz da fronte
Do neo-império do augusto horizonte
Repleto de fulgor, de lábaros marcados.
No crânio do irmão em sonho macabro
Gerando essa sublime aula sonora
Sessenta e seis na má sorte é Fedora
Na populosa morte cai o descalabro.
Olhos da alma para a história física
No seu crânio flamejante a metafísica
Do futuro através do céu prolixo.
Há tempos a firme certeza tísica
De sua chaga o eco da voz telúrica
Na loucura santa que sai do lixo.
DR PAVLOV