Que não me cobre nenhuma flor catalogada
O soneto que dela é por justo merecimento.
Nem outra flor, que não tenha sido batizada,
Que para estas não chegou o seu momento.
 
Não me cobrem, ó amores de tempos idos,
Aqueles poemas que não vos fiz na ocasião.
Pois que versos são como filhos produzidos,
Nos momentos em que explode uma paixão.
 
Que não me cobrem os idealistas exaltados,
Poemas heróicos, que pela pátria nunca fiz,
Que tais arroubos de patriota eu não tenho.
 
Todos merecem meus sonetos mal traçados,
Mas só aquela que me fez assim ser tão feliz
É que consegue movimentar o meu engenho.