Um quase soneto para dama de negro de Ricardo Camacho
A morte, essa que tu tanto cantas
tem a beleza da ida, da passagem
pois é um dito como homenagem
e por isso, fica bela, nada espanta
Tua dama é liberta, nunca presídio
A tua é poética, e não erro, engano
Não é a morte, amada por Thanos
esse que dá pro vazio, o genocídio
Ler a tua obra, dá todo o vislumbre
de como é a face da deusa Libitina
não aquela que vem vil e sucumbe
Mas sim, a linda de negro, a gótica
A que tu, tão inspirado, traz a rima
e nos revela, sonetando a tua ótica
02-02-2019
08h47min
Ao ler Flores do Canteiro do Poeta Carioca.