Soneto
Ainda me lembro do aroma qu'exalavas,
do caminho, deserto e sagrado...
O céu no alto que me olhavas,
o céu, com teu olhar plangente e nublado.
Amigo nesta vida o que trago,
são as dores e lembranças, na fria soledade...
Deste peito como as águas de um lago,
indo mansa segue ela a saudade.
Flor de lótus que n'alma aflorastes,
alma esta que outrora já cantastes,
mas agora infelizmente se calou...
Ainda lembras do aroma e tristonho,
o caminho, que levavas o teu sonho,
quando ele de repente se quebrou.