SENTINDO O VENTO NA FACE

Em um salto duvidoso sentindo vento na face

A cena revela a arte numa foto oportunista

Quem fez não é artista mas foi bastante eficaz

No solo escorre um rio que logo o receberá.

Nas correntezas da vida tudo pode ser dotado

De muitos significados que certamente norteiam

Esta infindável teia das nossas sazonalidades

Nos campos ou nas cidades fatos nos incendeiam.

O cacique em sua aldeia tenta mas não consegue

Ditar costumes e regras diante das redes sociais

Vivemos um novo tempo vamos nos acostumarmos.

Novas cartas são dadas agora ao sabor dos ventos

Pessoas são massacradas sem um constrangimento

De quem nos diz deter o poder total e conseqüente.

PUBLICADO NO FACE EM, 07/03/2019

LUSO POEMAS, 07/03/2019