Vacilo do falo

Todos os olhos te veem e te julgam

Todas as bocas te sentem e te comem

Pelo fato de não ter nascido homem

Todas as línguas salivam e te acusam

Insistem em culpá-la pela impotência

Com falsa moral condenam tua roupa

Nem mesmo o seu sentimento se poupa

Exaltando a si, lhe negam a existência

Na dubiez da posse do corpo, o porte

Vacilo na insegurança do falo

Em cada covarde motivo, uma morte

Quanto menor for o viço na cama

Proporcional será a força no braço

Daquele que abate e jura que ama

Renato Pereira Aurélio
Enviado por Renato Pereira Aurélio em 09/03/2019
Reeditado em 09/03/2019
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