DONA ESTRANHA

Eu, sempre estranha, incompreendida.

Longe do mundo criado, no meu, vivo!

Todos os dias morro, noutros sobrevivo;

Mesmo que minh'alma andasse perdida.

Buscaria infinitas formas de voar,

Ser livre... tornaria em uma poesia

Sobre o peito, ser a cura que anestesia;

Ser milhões de versos. Um mundo povoar.

Seria uma rosa negra, incólume, bela.

Pura essência, que no coração anela,

Uma poesia tantas vezes declamada.

Porém, versos indomáveis, misteriosos;

Dona dos instintos mais perigosos...

Onde sei lá, me perderia, me encontrando.

Cristina Milanni
Enviado por Cristina Milanni em 11/03/2019
Código do texto: T6595037
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