senhora da própria perdição

rodas e cantas, vais fundo

no êxtase: queres um mundo

que negue a realidade deste.

brincas de musa e obtusa

sentes que deves ser louca

para impressionar: és rouca

de tantos niilismos gritar.

mas zeros são inapropriados

às razões e se as exprimes

como se a atiçar vespeiros

apostas no erro que afliges

como um ferrão ao inocular

venenos que são entreveros

e do viço vão te aliviar