Um quase soneto desnudo
Nu, do peso desse corpo, vejo melhor a alma
Entendo do quanto ela suporta a vestimenta
Corpo é fardo, é a carne, acúmulo de trauma
e quando nu, vejo melhor a vida que enfrenta
Todo sabor da existência que nela há dentro
o corpo, um tolo, nem sempre isso aproveita
A alma, tem na essência, todo bom alimento
O corpo é isso que rasteja, e a vida só aceita
Eu sei que até quando vestido, a imensidão
diz, que livre, em pura alma, sou a amplidão
e o corpo é só um simples e velho envelope
Nu, alcanço qualquer espaço que tem o vão
e solto por ai, eu me multiplico pela divisão
pois a alma sorri, e se levanta a todo galope
20-03-2019
21h10min
Ao ler o soneto "Nu II" de autoria do excelente poeta, HelioJSilva
https://www.recantodasletras.com.br/sonetos/6589172