A NOITE DO POETA

Nos becos mais escuros da madrugada,

Perambula na boêmia, um triste poeta.

Envolto de silêncio, tu'alma maltratada

Versos de dor, em teu íntimo soletra.

Há tempos que perdera os teus sonhos

No teu peito, nada tem, tudo desfalece!

À vagar pelo além, com olhos tristonhos;

Nem sequer murmúrio entre tua prece.

A tua poesia adoeceu de tristeza,

Em eternas lástimas, o céu enegreceu

Não havia lua, era o fim__ Com certeza!

A melancolia, abraçou-se a escuridão;

Nunca mais fora igual, do verbo se perdeu!

Aquietando em quimeras tua exaustidão.

Cristina Milanni
Enviado por Cristina Milanni em 22/03/2019
Código do texto: T6605015
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