Soneto aos mestres

Urrem-me formidáveis astros

Não basta dor que se console?

Neste frio imenso que acolhe

Meus olhos murmurosos e vastos

Que resta-me senão dor?

Na juventude, a libertação

Trovas e versos em vão

Pontas secas, traços sem cor

Ao sopro, serei atento?

Aprendiz, vocábulo faminto

Em memória, o contraponto

Mestres, há no mundo desalento?

-Escreva, posto que serás distinto!

Se foram, em minh'alma, sinto-me pronto!

Rafael Zafalon
Enviado por Rafael Zafalon em 24/03/2019
Código do texto: T6606279
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